Blog da Patricia Dias

Cabeça embaralhada, pensamentos confusos. Conflitos, sonhos, tristezas, alegrias... Muitos são os caminhos para se esvaziar um pouco: uns têm amigos do peito, outros choram com uma música. Há os que compartilham a dor com um copo de bebida alcoólica, outros com o bar inteiro. Os que usam drogas tentam esquecer... Mas cada vez se lembram mais e precisam usar uma dose maior, e maior, até que vira um vício. Eu preferi expor aqui meus pensamentos.  Amigos... são poucos que eu posso chamar assim, muito menos os que contaria para apoiar a cabeça nos ombros.  Música por música eu já choro mesmo sem motivo.  Não bebo não fumo e as únicas drogas que utilizo são aquelas consentidas por lei e pela sociedade farmacêutica. Manter um diário de papel eu nunca consegui, porque meus queridos irmãos adoravam ler,   e diga-se ler em voz alta , tudo o que eu escrevia. Se for para todo mundo saber, que saibam assim. Terei deste modo, certo "controle" daquilo que eu quero compartilhar. ( Claro que

Há um tempo atrás eu tinha uma amiga, bom... eu a considerava assim. Quando eu tinha problemas, quando ficava feliz com alguma coisa, eu ia correndo para contá-la. É engraçado lembrar disso, já que eu nunca conseguia contar tudo, ela sempre interferia no meu discurso e começava a contar algo sobre ela ou qualquer outra coisa. Eu ficava lá, ouvindo, com coração quebrado, mas a ouvia. Deixei isso acontecer por muitos anos, até o momento que eu não conseguia mais falar sobre meus sentimentos, imaginava que ninguém se importava.  Eu sempre fui a amiga de segunda opção, aquela que as pessoas ficam perto até suas verdadeiras amigas chegarem. Após alguns episódios em que foi comprovado que a minha amizade era descartável, decidi não reciclar mais. Eu perdi minha amiga... ela não. Desde então eu mesma tenho me tratado como amiga de segunda opção para outras pessoas. Amigos verdadeiros? aquele em que abrimos o peito e expomos as nossas vidas, os nossos medos e segredos? não tenho...  Às v

Ser autêntico não é ser transparente. Uma pessoa autêntica não aquela que é o tempo todo transparente. Se ela não tiver percepção de circunstância, ela se torna inconveniente.  “Mas é assim que eu penso!”.  O fato de pensar assim não exime a pessoa de ser moderada. Isso não a leva a perder a autenticidade, apenas a resguardar a expressão de modo como é. Porque, como eu sou com os outros, tenho de ser de fato o que sou, mas não posso desconsiderar que outros existem. É preciso cautela, em nome da autenticidade, para não ser ofensivo. ( Mário Sérgio Cortella -  Educação, Convivência e Ética: Audácia e Esperança) É preciso aprender a ser educado, a respeitar o outro, a saber falar as "verdades" sem magoar o próximo, sem ser um cavalo falante, uma veneta transparente. Veneta transparente: de veneta, sincero, transparente, "cavalo falante". https://br.depositphotos.com/53029885/stock-photo-fun-horse-with-red-loudspeaker.html