Cabeça embaralhada, pensamentos confusos. Conflitos, sonhos, tristezas, alegrias...
Muitos são os caminhos para se esvaziar um pouco: uns têm amigos do peito, outros choram com uma música. Há os que compartilham a dor com um copo de bebida alcoólica, outros com o bar inteiro. Os que usam drogas tentam esquecer... Mas cada vez se lembram mais e precisam usar uma dose maior, e maior, até que vira um vício.
Eu preferi expor aqui meus pensamentos.
Amigos... são poucos que eu posso chamar assim, muito menos os que contaria para apoiar a cabeça nos ombros.
Música por música eu já choro mesmo sem motivo.
Não bebo não fumo e as únicas drogas que utilizo são aquelas consentidas por lei e pela sociedade farmacêutica.
Manter um diário de papel eu nunca consegui, porque meus queridos irmãos adoravam ler, e diga-se ler em voz alta, tudo o que eu escrevia. Se for para todo mundo saber, que saibam assim. Terei deste modo, certo "controle" daquilo que eu quero compartilhar. (Claro que as idas ao banheiro não é de interesse público, e isso nem deveria ser tão exposto assim. Cada coisa no seu lugar).
Quero compartilhar meus sonhos, desejos e tristezas. Livros que li e alguns romances que tentei escrever. Lugares que adoraria visitar e outros que tive a oportunidade de ir.
Um dia, talvez, não muito longe e espero não muito perto! RS, partirei desse mundo e quero deixar algumas coisas escritas para os meus filhos, que tanto amo.
Com a evolução da internet passamos de anônimos ocultos para anônimos que podem e serão "googlados". Quem tem o interesse de saber mais de alguém é só jogar o nome completo ou Email no bendito Google ou outro do gênero que logo aparecerá tudo aquilo que a pessoa escreveu e fez nessa longa e curta vida. Eu já googlei muita gente e até eu mesma. Espiar? Talvez sim. Mas nem sempre essa é a intenção. Todos nós estamos conectados por sites de relacionamentos, mas distantes para um simples e gostoso abraço. Quissá perguntar sobre o que se passa na vida de alguém. Pra falar a verdade, quando se pergunta a alguém "como você está?", realmente queremos ouvir como ela está ou apenas um simples ”muito bem, obrigado” é o suficiente para satisfazer o egoísmo que se expande por todos nós? Todos nós temos problemas, queremos ser ouvidos, mas ninguém quer ouvir o de ninguém.
Enfim, se todos nós precisamos desabafar, mas ninguém quer ouvir, o melhor é escrever para, quem sabe, alguém ler, rir, chorar, comentar, compartilhar e nem se importar com quem escreveu.
"Eu estou me esvaziando de tudo aquilo que está em excesso dentro de mim. E apenas completando o espaço com coisas que realmente amo".
Por hora boa parte se foi, mas volto para deixar um pouco mais de mim, do que já fui, do que sou e o que acho ser.
Comentários
Postar um comentário