Dia de São Valentim

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Apesar do Brasil celebrar o Dia dos Namorados em junho, casais apaixonados da Europa e dos Estados Unidos comemoram o amor em 14 de fevereiro. Esse dia, chamado "Valentine's Day" (ou Dia de São Valentim), é conhecido no mundo todo como "o dia mais romântico do mundo", pois além de ser um dia para apaixonados é também um dia onde se pode expressar amor e amizade pelo outro. Origem do dia dos Namorados A história do Dia de São Valentim remonta ao século III d.c. O Imperador Romano Claudius II proibiu os casamentos, para assim angariar mais soldados para as suas tropas. Um sacerdote da época, bispo São Valentim, desrespeitou este decreto imperial e realizava casamentos.  O segredo foi descoberto e Valentim foi preso, torturado e condenado à morte. Mesmo atrás das grades, o bispo recebeu cartas e flores de pessoas que acreditavam no amor e queriam agradecê-lo por realizar seus casamentos. Também foi no xilindró que Valentim se apaixonou por uma mulher, mesmo sabe

O Farmacêutico ateu


Conta-se que um farmacêutico se dizia ateu e vangloriava-se de seu ateísmo. Deus, com certeza, deveria ser uma quimera, uma dessas fantasias para enganar a pessoas incautas e menos letradas.
Talvez alguns mais desesperados que necessitassem de consolo e esperança.

Um dia, no quase crepúsculo, uma garotinha adentrou sua farmácia. Era loira, de tranças e trazia um semblante preocupado. Estendeu uma receita médica e pediu que a preparasse.

O farmacêutico, embora ateu, era homem sensível e emocionou-se ao verificar o sofrimento daquela pequena, que, enquanto ele se dispunha a preparar a fórmula, assim se expressava:
Prepare logo, moço, o médico disse que minha mãe precisa com urgência dessa medicação.

Com habilidade, pois era muito bom em seu ofício, o farmacêutico preparou a fórmula, recebeu o pagamento e entregou o embrulho para a menina, que saiu apressada, quase a correr.

Retornou o profissional para as suas prateleiras e preparou-se para recolocar nos seus lugares os vidros dos quais retirara os ingredientes para aviar a receita.

É quando se dá conta, estarrecido, que cometera um terrível engano. Em vez de usar uma certa substância medicamentosa, usara a dosagem de um violento veneno, capaz de causar a morte a qualquer pessoa.

As pernas bambearam. O coração bateu descompassado. Foi até a rua e olhou. Nem sinal da pequena. Onde procurá-la? O que fazer?
De repente, como se fosse tomado de uma força misteriosa, o farmacêutico se indaga:
E se Deus existir...?

Coloca a mão na fronte e em desespero clama:
- Deus, se existes, me perdoa. Faze com que aconteça alguma coisa, qualquer coisa para que ninguém beba daquela droga que preparei.
Salva-me, Deus, de cometer um assassinato involuntário.

Ainda se encontrava em oração, quando alguém aciona a campainha do balcão. Pálido, preocupado, ele vai atender.
Era a menina das tranças douradas, com os olhos cheios de lágrimas e uns cacos de vidro na mão.

- Moço, pode preparar de novo, por favor? Tropecei, cai e derrubei o vidro. Perdi todo o remédio. Pode fazer de novo, pode?

O farmacêutico se reanima. Prepara novamente a fórmula, com todo cuidado e a entrega, dizendo que não custa nada. Ainda formula votos de saúde para a mãe da garota.

Desse dia em diante, o farmacêutico reformulou suas idéias. Decidiu ler e estudar a respeito do que dizia não crer e brincava. Porque embora a sua descrença, Deus que é Pai , atendeu a sua oração e lhe estendeu a Sua misericórdia.


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