Resenha: A menina que não sabia ler (John Harding)

O livro é de John Harding e foi uma boa jogada de marketing a editora mudar o título original.

A história é sobre Florence e Giles, meio-irmãos que vivem juntos com os criados numa mansão decaída e afastada de tudo e todos. 

Florence foi proibida pelo seu tio de nunca aprender a ler, tio esse que ela nem se lembra como é. Claro que isso não a impede de se aventurar na biblioteca proibida. O que começa com uma história suave, termina um tanto macabra. 

Nem tudo é o que parece ser, pois a percepção de uma mente perturbada pode distorcer a realidade. E Florence fará de tudo para proteger seu irmão, sua biblioteca, seu esconderijo... tudo, até acreditar no que não existe.

O Cisne 

Foi em abril, embora em meu espírito fosse dezembro, 

Que um pássaro ferido foi retirado da escuridão do lago, 

As penas brancas brilharam ao sol, e de sua boca escorreu a água negra, 

Enquanto por dentro minha voz gritava até pensar que meu coração iria se partir; 

Fui eu quem assistiu à sua morte, seguindo à deriva, à deriva, esperando em sua vigília 

Que Deus levasse sua alma. (A menina que  não sabia ler)

ATENÇÃO, SPOILER!!

Depois de "terminar o livro", fiquei parada uns 15 minutos, chateada, tentando imaginar como seria o final. Me senti como a Hazel, de A culpa é das estrelas. Como eu queria encontrar o autor e questioná-lo sobre vários assuntos não resolvidos no livro.

Minhas conclusões:

- Florence tem um desvio de personalidade ( é maluca, doida varrida!) e não sabia onde seus sonhos começavam e a realidade terminava;

- O tio é o pai das crianças;

- O Cisne era a srta. Whitaker e a sua morte foi culpa da Florence, só porque ela descobriu das suas visitas à biblioteca;

- A srta. Taylor era a mãe de Giles e só queria o filho de volta;

- Definitivamente Florence não merecia o amor de Theo. 

Tirem suas próprias conclusões, eu já tirei as minhas.